18 de junho de 2012

Como seria a vida sem “ela”?



Não haja confusão, este post não é sobre “Como enfrentar uma separação”, a menos que a vossa companheira fosse a Lua.

A Lua, rainha dos céus, inspiração de poetas, loucos e românticos, único único satélite natural da Terra e o maior do Sistema Solar em proporção ao tamanho do planeta (1/4 do diâmetro da Terra e 1/81 da sua massa).

Mas se a Lua desaparecesse, será que notaríamos ou faria alguma falta?

De repente, alguns pensariam na forma em como é dividido o ano, pelos judeus ou pelos muçulmanos, mas existem coisas bem piores.

Não haveria marés. Como se sabe, a Lua tem um efeito físico sobre a Terra, sendo o que causa as marés altas e marés baixas. A atracção gravítica da Lua exercida sobre a Terra produz uma deformação sobre o nosso planeta, “esticando-o” um pouco naquelas zonas onde a atracção é mais forte, tornando a forma da Terra um pouco oval (não totalmente redonda), fenómeno designado de “gradiente de gravidade”.

Como a Terra é sólida, esta deformação afecta de forma mais significativa as águas, criando um ligeiro movimento em direcção à Lua e também um movimento em direcção contraria. Este fenómeno é o que gera o efeito que obriga à subida e descida do nível das água do mar duas vezes ao dia. E sem marés a vida nos mares seria afectada de forma catastrófica.

Além das marés, a Lua também mantém estável o clima do nosso planeta. O efeito gravitacional da Lua mantém constante o grau de inclinação do eixo de rotação da Terra e esta inclinação é o que mantém estável o ciclo das estações enquanto a Terra orbita em volta do Sol.

A inclinação dos pólos da Terra seria bem diferente sem a Lua, o ângulo dos mesmos ver-se-ia modificado uns 90°. O grau de inclinação actual da Terra é de 23,5°; mas sem a força gravitacional exercida pela Lua variaria de forma caótica, o que traria consequências climáticas devastadoras para a vida no nosso planeta.

Para terminar, sem a presença da Lua e do seu efeito gravitacional sobre a Terra, esta daria uma volta a cada 8 horas em vez das 24; um ano na Terra teria 1095 dias com 8 horas cada um. Com uma velocidade de rotação assim tão elevada, os ventos seriam bem mais rápidos e violentos que os que conhecemos actualmente, a atmosfera teria mais oxigénio e o campo magnético do planeta seria três vezes mais forte.

Os efeitos seriam catastróficos para a vida na Terra, sem duvida, mas como sentimentais que somos, a sua ausência seria bem maior nas noites de lua cheia…

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