18 de junho de 2012

Podemos viajar no tempo?


viajar no tempo

Podemos viajar no tempo? A história tem-nos ensinado que o ser humano é um produto pérfido, com uma inegável tendência para a sua destruição. Por isso muitos têm sido os cientistas que têm afirmado que retroceder no tempo poderia contribuir para apagar as marcas de um passado sangrento.

Mas esta ideia envolve muitas questões éticas e morais, tais como se seria correcto modificar o passado para sobreviver no futuro. Mas colocando de parte estas questões mais filosóficas, a questão é mesmo se é possível viajar no tempo?

A física quântica alimentada pela sobejamente conhecida “Teoria da Relatividade” de Albert Einstein, génio matemático do século XX. Em termos mais simples, esta teoria diz que se viajarmos à velocidade da luz o tempo irá dilatar-se, ou seja, a nossa percepção física e real do tempo é modificada. A nossa realidade abranda, enquanto a exterior flui de forma vertiginosa. Apesar de se acreditar firmemente nestes conceitos, ainda não possuímos os conhecimentos necessários para refutar esta teoria.

Mesmo assim, já foi estudada outra variante formulada também por Einstein, a “Relatividade Geral”, que em linhas gerais explica que o tempo passa mais lentamente nos locais onde existem campos de gravidade, que tem a ver com os buracos negros que poderiam eventualmente serem “atalhos espaciais”.

Cientista de renome como Stephen Hawking, Isaac Asimov e Paul Halpern não censuram esta ideia, pelo contrário, olham-na como uma possibilidade. Esta possibilidade reforça o próprio conceito de buraco negro: corpo celeste com um campo gravitacional tão grande que absorve tudo o que está perto de si, como a luz, por exemplo. Os buracos negros formam-se em consequência da morte de uma estrela.

Desta forma, também se descobriu que a nossa galáxia está a girar em volta de um imenso buraco negro, apelidado de Sagitarius A, muito mais denso do que o próprio sol. Felizmente, encontra-se a uma distância enorme da Terra.

Mas então, imaginemos que estas hipóteses estão certas. Quais as consequências que acarretaria uma viagem ao passado?

Neste ponto, onde os chamado paradoxos, o mais conhecido dos quais o “paradoxo do avô”, idealizado a partir de um livro de René Barjavel, “O viajante imprudente” (1943), entram em vigor. Este diz que se uma pessoa viajar ao passado e matar o seu próprio avô, nunca poderia ter nascido. Mas para poder viajar ao dito passado, nasceu. É um ciclo sem fim e principal argumento dos que não acreditam na possibilidade de viajar no tempo.

Não obstante, há quem garanta que a solução reside nos chamados “universos paralelos”. Por muito que se tente estar numa determinada data já passada, nunca se irá estar fisicamente na real, uma vez que já aconteceu e deixou a sua marca no espaço. Além disso, segundo o “paradoxo da predestinação”, o que tem de acontecer, irá acontecer, por muito que se tente mudar os factores que o irão desencadear. Obviamente que este paradoxo entra em confronto directo com “o livre arbítrio” (a liberdade de escolha).

Então, e as viagens ao futuro? Talvez esta seja mesmo a alternativa mais segura.

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